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Corte de verbas deixa UFBA e outras federais sem limpeza, transporte e aulas

A crise nas universidades federais vem se agravando ainda mais depois do corte de um terçod as verbas mensais pelo governo federal. Estudantes sem dinheiro para transporte, falta de medicamentos em hospitais, redução do serviço de limpeza e atraso no início das aulas, são alguns dos problemas enfrentado em universidades federais, a exemplo da UFBA.
A promessa é que, a partir deste mês, esse repasse volte à normalidade, mas o efeito é cascata, já que os problemas se arrastam em alguns locais desde 2014. Alunos, docentes e servidores ouvidos pela Folha, relataram a falta de insumos em laboratórios. Instituições como a UFMG (federal de Minas Gerais) atrasaram pagamentos de contas de água e energia.
É o que ocorre na federal da Bahia, que já atrasou contas, enquanto a de Goiás, do Rio e a UnB (Brasília) cortaram terceirizados. Estudantes da Unifesp de Guarulhos (Grande São Paulo) perderam um transporte gratuito que existia desde 2012 da estação Carrão da linha 3 do metrô até a instituição.
Já na Unifesp de Diadema (ABC paulista) as restrições orçamentárias interromperam a rotina de poda, resultando em mato alto e proliferação de pernilongos. Em Uberlândia, segundo servidores, os problemas começaram no final do ano, com atraso no 13º, e levaram ao cancelamento de cirurgias no hospital universitário.
MEC quer resolver
O Ministério da Educação informou que os repasses às universidades federais voltarão à normalidade já no mês de março e que a medida permitirá que as instituições ajustem os seus calendários de pagamento. As instituições de ensino superior receberam até agora R$ 1,38 bilhão para ser utilizado no custeio – compra de insumos e pagamento de terceirizados, por exemplo – e nos investimentos. Em todo o ano passado, foram enviados às universidades R$ 8,6 bilhões. Para este ano, a previsão é que o valor chegue a R$ 9,5 bilhões