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Ribeira do Pombal: prefeito é acusado de ações para burlar lei e angariar votos


Prefeito Ricardo Maia Chaves

 
O prefeito de Ribeira do Pombal, a 271 km de Salvador, Ricardo Maia Chaves (PSD), é acusado de, em 2013, ter demitido 300 servidores do município para não ultrapassar o limite de 54% do gasto com pessoal no município. Alertada pelo Ministério Público sobre o risco de punição, a prefeitura, após três meses sem funcionários, efetuou contratações desenfreadas em fevereiro de 2014.

Porém, o fato deste ano ter sido marcado por eleições abriu precedentes para ampla observação. De acordo com as informações que correm pela cidade, o prefeito inchou a folha com contratações para arrecadar votos. Isso porque, a suposta estratégia teria sido responsável por pelo menos 4 mil votos em Ribeira do Pombal, segundo ele teria confidenciado a amigos.

Após o segundo turno, no dia 30 de outubro, 900 servidores municipais foram demitidos, novamente sob o argumento de respeito ao limite de gasto anual com pessoal. Em tempo, o questionamento que paira na cidade é como a máquina do Executivo irá funcionar sem esta mão de obra. Uma manobra irresponsável para burlar a lei e obter dividendos eleitorais, dizem pelas ruas.

Prazo pré-definido

Em conversa com o Bocão News no início da tarde desta quarta-feira (19), o prefeito Ricardo Maia se defendeu das acusações. De acordo com o gestor municipal, “as demissões realizadas em 30 de outubro correspondem a contratos emitidos em fevereiro deste ano. É um projeto administrativo e não político”, disse, afirmando que todos os prestadores de serviço estavam cientes da data do término. "Não foi uma ação de três meses correspondentes ao período de eleições", defendeu-se.

Segundo Maia, os servidores trabalharam em setores pontuais como nas secretarias de Ação Social e de Educação, e a partir do planejamento, outros editais de contratação poderão ser abertos a depender da necessidade. Ainda de acordo com o prefeito, o município está em situação regular com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o que, segundo ele, garante lisura em sua gestão. Ricardo Maia ainda creditou as acusações a um jogo político.